Show da Banda Baranga em Catanduva
O quê falar sobre um show da Baranga? Instrumental com nítidas influências de AC/DC, letras que retratam tudo que um rocker adora (cerveja, sexo e estrada), vocal sujo, um guitarrista ensandecido e ainda por cima uma tremenda empatia com o público. Resultado: um dos melhores shows de rock já vistos em Catanduva. E olha que não foram poucos os shows que a cidade acolheu nos últimos 10 anos, graças ao Carioca, que sempre faz o impossível para movimentar a cena rock catanduvense.
Antes, vale citar o único ponto negativo da noite: o público pequeno que compareceu na Vila Acústica para assistir o show no dia 14 de novembro. Dois fatores contribuíram para isso: o fato de que a banda ainda não era muito conhecida na cidade e a apresentação ter caído numa terça-feira, apesar do feriado no dia seguinte.
Confesso que temi pelo pior. Já vi muitas bandas que desanimam com públicos pequenos, reduzem o set list e tocam sem tesão. Mas, esse temor caiu por terra logo que entraram no palco Xande (vocal/guitarra), Deca (guitarra), Soneca (baixo) e Paulão (bateria). A apresentação teve uma energia incrível. Isso demonstrou a consideração que o quarteto teve com as pessoas que compraram os discos durante a semana, pagaram pelos ingressos, se deslocaram até o local do show para se divertir e esquecer por um momento seus problemas. Coisa de quem não apenas toca rock, mas vive o rock e sabe o quanto é importante para o fã uma apresentação inspirada de sua banda favorita.
Mas, vamos aos fatos. O show abriu com “Tudo que eu tenho na vida”, música que resume o “way of life” daqueles que não vivem sem o bom e velho rock and roll. A partir daí, fica difícil lembrar a ordem do set list, afinal, a cerveja influiu muito na memória.
No entanto, a ordem pouco importa. Seguiu-se uma verdadeira celebração rocker, com temas como “Maverick” (que fala de um carrão que bebe mais que o dono), “Mulher de Pagodeiro” (que afirma serem roqueiras as mulheres ideais para uma noitada), “Garçom” (que retrata perfeitamente uma noite de excessos num bar), “Shake” (que descreve como uma mulher pode levar um homem à loucura), “Pirata do Tietê” (homenagem à querida e odiada capital paulista) e muitos outros, inclusive o cover de “Negro Gato”.
Dois pontos que também merecem registro: a música “Duas Rodas”, da lendária banda Centúrias, não estava no set list. Mas, os caras tocaram atendendo o pedido do Nezinho, fã que estava fazendo aniversário. Além disso, rolou cover de Made in Brazil, com participação do amigo Ronchi nos vocais de “Gasolina”. Detalhe: ele foi chamado pelo Xande para subir ao palco. Aliás, o Ronchi me falou que rolou o hino “Minha Vida é o Rock and Roll” na seqüência. Eu não lembro, mas tudo bem. A missão estava cumprida. Baranga. Guarde este nome e não deixe de assistir quando tiver chance.
1 Comments:
Valeuuuu cara!!
Foi ducaralho tocar em Catanduva!
Em 2007 espero ir de novo!
Rock ON!
abc, soneca.
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